terça-feira, 17 de agosto de 2010

OLIMPIADA DE LINGUA PORTUGUESA

Textos selecionados para a participação da Olimpíada de Língua Portuguesa

Tema: Lugar Onde Vivo!

Professora: Marciani Petry Voltolini


MEMÓRIAS LITERÁRIAS

TEXTO 1
Um Exemplo de Vida!

A coisa mais linda é saber como era o ambiente, o lugar, onde uma pessoa mais de idade vivia. Cada palavra que dona Olinda falava, eu imaginava, coisas belas que existiam no passado. Paisagens que hoje não existem mais.

No lugar onde vivo, há muitos seres vivos, o lugar onde eu moro, várias pessoas eu adoro, nesse lugar havia muitas paisagens, fazendas, florestas, riachos, cachoeiras, o que pouco existe hoje em dia. Esse lugar nada mais é que o Rio das Pacas, um lugar que estou fazendo parte dele desde os meus 10 anos, é um espaço de aventura, de várias lembranças e poucos pesadelos. É uma comunidade onde se semeia amizade, alegria, saúde, paz, as melhores verdades do mundo. Há várias moradias de pessoas amigas e inimigas, aquelas que compartilham e aquelas que acham que tem o rei na barriga e nunca vão precisar de ninguém.
É um lugar de plantações de milho, cebola, fumo, verduras em geral. O ar é puro e refrescante, suave, ao sair da porta para fora o ar toma conta de você, de sua alma, de seu redor. O jardim com vários tipos de flores, coloridas, e com aparência de um mundo melhor. Trabalhávamos de junta de boi de canga, nas roças planas, estercadas, férteis, as terras eram cuidadas, depois de uma plantação pesada era semeada plantas verde para a terra descansar. O trabalho antigamente era pesado, sofrido.
Eu e minha mãe usávamos ferros de passar roupa à brasa, colocávamos a brasa dentro do ferro e passávamos nossas roupas para irmos a escola ou a bodegas, lojas de comprar roupas e alimentos, para o nosso sustento. Naquele tempo, tínhamos animais de estimação, eu, por exemplo, tinha uma cabritinha, de tanto que eu gostava dela, empanturrei a coitada e ela morreu.
Onde eu vivia, havia lugares sombrios, limpos, para brincarmos de roda, casinha e boneca, subíamos em árvores, estaleiros procurando diversão. Hoje as crianças ficam entocadas debaixo da coberta esperando a diversão chamar. Havia casas de madeira, jeito simples de ser, casas de soalho, que tínhamos que esfregar para luzir, ficar brilhoso.
Nesse lugar, as mulheres só usavam vestido, muito pouco usavam calças, senão eram desrespeitadas. Naquele tempo, quando comecei a ir na escola, eu era obrigada a ir a pé, não tinha ônibus, com chuva ou sol, com garoa ou sem garoa, tinha que ir. Ás vezes eu ou meus irmãos ficávamos doentes, mesmo assim, meu pai nos levava de cavalo até a escola.
Quando era hora de dormir tínhamos que primeiro tomar banho em gamelas, para depois deitar nos colchões de palha e coberta de pena. Na minha adolescência, comecei a olhar um menino, onde tive que primeiro namorar três anos para poder casar. Quando casei, depois de dois anos tive meus dez filhos. Nós e nossos vizinhos nos reuníamos e fazíamos festas, tomávamos chimarrão, etc...
Eu e meu marido sempre tínhamos animais para o sustento e troca.
Minha vida foi essa, não foi boa, nem ruim, foi um exemplo de vida.

Aluna: Milena Rocha, 6ª série.

TEXTO 2
Um pouco sobre mim...

Meu nome é Silvio João da Silva, tenho cinqüenta e oito anos. Nasci no dia dois de março de mil novecentos e cinqüenta e dois em Ituporanga. Sou casado, tenho três filhos: um homem e duas mulheres.

Bom, minha infância foi boa, tenho muitas saudades daquele tempo...De quando eu ia para a escola estudar, mais não só estudar né? O gostoso era brincar e conversar com meus colegas. Brincávamos de esconder, pega-pega, ovo choco.
Ah, como tenho lembranças do café que a mamãe fazia! Aquele cheirinho gostoso...
Do Natal então? Ah, como esse dia era esperado por mim e por meus irmãos, pois no dia de Natal a mamãe dava cuca, doces e presentinhos pra gente.
Mas das nossas roupas eu não tenho saudades não! Geralmente a gente usava camisa e umas caças curtas, cortadas pra cima do joelho. Bem diferente de hoje em dia, que tem roupas de tudo quanto é tipo e calçados também!
E se a gente não respeitasse nossos pais? Ai a soiteira pegava! A gente tinha que ter muito respeito quando eles falavam, tínhamos que ficar quietos e só ouvir.
Me lembro muito bem de nossa primeira televisão. Da emoção que tivemos ao vê-la funcionando. Ela era pequena e sua imagem em preto e branco, além de ser ligada numa bateria pois não tinha energia elétrica.
Já na minha adolescência, quando eu tinha dezoito anos, meu pai e minha mãe se separaram, isso foi um pouco difícil, pois meu pai foi preso e era muito raro vermos ele. Mas, por sorte, ele não ficou muito tempo na cadeia. Mas do mesmo jeito a gente não se via tanto, pois não morávamos mais com ele.
Lembro também de nossos namoros. Tínhamos que namorar sentados na sala e mal podíamos dar as mãos. Era muito respeitoso. Diferente de hoje em dia, que os namorados fazem o que querem.
Depois que me casei, houve um acontecimento marcante, que carrego comigo até hoje. Fui na mecânica soldar o tanque do caminhão, e o mecânico me pediu para segurar o tanque para ele. Preocupado, perguntei se não teria nenhum perigo de explodir e ele me respondeu que não. Só lembro que o tanque explodiu, me queimando todo. Alem disso, a roupa grudou em meu corpo e fiquei nove meses no hospital.
Esse acontecimento ocorreu no dia três de Outubro de mil novecentos e oitenta. Sou grato a Deus, pois acredito que foi ele que me salvou.

Aluna: Ana Carolina Böll, 7ª série.

POEMA


POEMA 1
A BELEZA DE MEU LUGAR...

As estrelas me fazem pensar
Com o esplendor daquele lugar!
Quando vejo o luar,
Já há um brilho no olhar

Lá na natureza,
Encontrei uma beleza
Já estava esse lugar
Já, já um brilho no olhar

O sol é bem brilhante
Até parece um diamante!
A água é cristalina
Como cristal, em uma mina.

As rosas cheirosas,
São muito maravilhosas.
Os pássaros vivem a cantar,
É deles que vou cuidar.

A brisa é uma borboleta,
Que balança a tulipa violeta,
A orquídea amarela,
A paisagem uma aquarela!

O lugar é uma beleza,
Escuto a voz da natureza!
Quando penso neste lugar,
O coração vai balançar.

O lugar é um paraíso,
Nos lábios um sorriso!
Com a perfeição desse lugar,
Todas vão se emocionar.

No fundo do meu coração
Encontrei uma canção
A letra dizia assim
Esse lugar é um sonho para mim!

Aluna: Alexandra Soares, 5ª série

POEMA 2
MEU BRASIL, MELHOR!

É hora de refletir

E de começar a mudar,
Se a mão que vai destruir,
Vai servir para plantar!

A calada da noite
Me faz sonhar,
Com a grande alegria,
Que me faz o sol raiar!

Adoro azul anil
Quando falo de meu Brasil,
Quando falo de esperança
Vejo um sorriso de criança!

É legal ver nascer
Belas flores pelo jardim,
Perfumando o ar do meu viver,
E continuar assim!

Pássaros de todas as cores
Frutas de vários sabores,
Se a gente não cuidar
Essa beleza vai acabar!

Se um dia eu me lembrar
Como é bom te amar,
Vai ter tempo para te cuidar
Pois és meu céu, meu mar!

Dentro do armário tenho
Uma brincadeira verde e amarela,
Que amo de verdade,
E dá cores a minha aquarela.

E a frase desejada,
Que quero lhe dizer,
Que lhe amo mais que tudo,
E quero vê-lo viver!

Pois dou graças,
De ter onde morar!

Aluna: Amábile Eink, 5ª 2.