Dia 22 de agosto é o Dia do Folclore!
O que é FOLCLORE?
Podemos definir o folclore como um conjunto de lendas e mitos que as pessoas passam de geração para geração.
Muitas destas histórias nascem da pura imaginação das pessoas; outras foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. Muita gente pensa que o Folclore é alguma coisa longínqua, que precisam se encontrar pessoas especiais que “fazem o folclore”. No entanto, sabemos que toda pessoa é um produto de cultura e, portanto, um produto de Folclore. Precisamos despertar sentimentos de emoção, de entusiasmo e de amor pelas coisas de nossa terra. Devemos aproximar as crianças e os jovens da alma do país, leva-lo a conhecer seu passado para entender o presente e valorizar este legado.
Precisamos preservar toda a poesia, a ingenuidade e a pureza da nossa sabedoria popular e o nosso saber folclórico.
AS LENDAS: O que são?
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Os alunos do 4º ano da professora Marli pesquisaram as seguintes lendas:
Lenda da Iara
Alunos:Welliton e Lenara
Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vitimas costuma seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando louco em função do encantamento da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé pode livrar o homem do feitiço.
Origem da personagem: contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu captura-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões. Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada em uma linda sereia.
Negrinho do Pastoreio
Alunos: Julia e Gabriel
Sou o Negrinho do Pastoreio e minha história era contada por muitos brasileiros que lutavam pelo fim da escravidão. Naquela época havia o dono de uma fazenda que era muito malvado, um dia ele me mandou para pastorear cavalos. Voltei no fim da tarde e o fazendeiro percebeu que faltava um cavalo. Levei uma tremenda surra! Depois do sufoco que passei, encontrei o cavalo que estava faltando, lacei-o com a corda, mas ele fugiu de novo. Quando voltei sem o cavalo mais uma vez o fazendeiro me espancou e me amarrou em cima de um formigueiro. No dia seguinte o fazendeiro levou o maior susto! Quando ele chegou, eu já não tinha marcas pelo corpo, estava em pé e ao meu lado estava a virgem Nossa Senhora juntamente com alguns animais. Ele se ajoelhou e me pediu desculpas, mas apenas beijei a mão de Nossa Senhora, montei em um cavalo e parti conduzindo outros animais.
A Lenda do Lobisomem
Alunos: Tauani e Sidinei
Esta lenda conta que quando uma mulher tem 7 filhos, o sétimo menino será lobisomem. Também contam que é uma maldição de mulher amancebada com um Padre onde o filho será um lobisomem.
As sextas-feiras, ele vai até uma encruzilhada e se transforma em lobisomem uivando para a lua. Visita sete fazendas, sete cemitérios e sete igrejas, correndo por ruas e estradas e os cachorros correndo atrás latindo. Seu uivo é horripilante.
Também visita galinheiros em busca de esterco das galinhas. Quando o dia está para amanhecer ele volta para o lugar de onde partiu e volta a forma de homem.
É fácil reconhecer uma pessoa que vira lobisomem: ele é pálido, magro, nunca olha nos olhos das pessoas, anda sempre de camisa de mangas compridas para esconder os calos dos cotovelos, pois na forma de lobisomem ele anda com os cotovelos no chão e raramente sai de casa de dia.
Se por acaso você encontrar um lobisomem é só falar para ele: “vai buscar sal em minha casa!”. No outro dia aparecerá um homem na sua porta, ele não te dirá nada, você apenas lhe de um pouco de sal, assim você nunca mais vai encontrá-lo na forma bizarra. Também diz a lenda que só é possível mata-lo com bala de prata, e se ele te atacar, você também será um lobisomemA Lenda do Curupira:
Filipe e Élen
De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o Curupira habita nas matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás.
A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem a matas de forma predatória. Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os “inimigos das florestas”. Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa corrida.
De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar as crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos das florestas, devolve os jovens para a família, após sete anos.
O curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. Ele fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.
A Lenda da Mula-sem-Cabeça
Mariane e Natália
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existiam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta-feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-sem-Cabeça, na verdade, de acordo com já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula, deve-se deitar de bruços nos chão e esconder as unhas e dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga para sempre.
Vitória Régia
Ana Beatriz e Carla
A lenda da Vitória-Régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani. Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que q Lua era uma deusa que ao despontar da noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia. Sempre que a bela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento. Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada pela lua. Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa Estrela das Águas, única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.
Saci-Pererê
Joel e Liana
Os índios contavam que o Saci-Pererê era um moleque pretinho, de uma perna só. Usava um gorro vermelho e vivia com um cachimbinho na boca.
O saci é muito levado: assovia no escuro para fazer medo aos meninos, esconde as coisas na hora que a pessoa mais precisa, trança as caudas e as crinas dos cavalos, faz os ovos gorarem, isto é não darem pintos, apaga o fogo, faz o leite desandar, isto é azedar, joga terra no feijão que está cozinhando, troca a pimenta do lugar... Dizem que o Saci é levado, mas não faz maldades, só brincadeiras.
EXPOSIÇÃO DOS TEXTOS NA SALA:
Desenhos dos alunos do 1º e 2º ano sobre as Lendas do Saci e Curupira
Professora Marina
Kailane, 2º ano
Jéssica, 2º ano
Júlio, 2º ano
Julha, 1º ano
Tiago, 1º ano
Alunos do 1º e 2º ano digitando os textos sobre Lendas e Cantigas do Folclore:
BRINCADEIRAS
As brincadeiras também estão no nosso Folclore. Resgatar antigas brincadeiras impede que essas acabem no esquecimento e permite muita diversão e aprendizado. Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém a essência das brincadeiras continua a mesma da origem. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças. A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.
A professora Marina desenvolveu com seus alunos do 2º ano, as cantigas de roda e a brincadeira do telefone sem fio. Foi difícil acertarem a frase certa!!
Alunos do 4º ano confeccionando petecas:
Alunos do 3º ano
TRAVA-LÍNGUAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário